Publicado originalmente em Dezembro de 2009.
Escrevi com otimismo um artigo sobre o Brasil em 2007 e caso queira lê-lo clique no seguinte link: Não desisti do Brasil
Meu amigo Eduardo Oliveira escreveu um artigo intitulado "Será que a frase, "Brasil, o país do futuro" ficou defasada? Leia o artigo no seguinte link: Será que a frase ‘o Brasil é o país do futuro’ ficou defasada?
Enviei a ele o seguinte comentário:
Não precisa ser corretor para ver que o futuro chegou mesmo para o Brasil. Aliás, é melhor nem ser corretor.
Contudo, é preciso promover uma consideração profunda dedicada ao "boom" de crédito que faz todo mundo no Brasil dançar de euforia.
Já protagonizamos este filme aqui nos Estados Unidos.
É a caipirinha, o aperitivo sorvido muitas vezes durante o dia e à noite que produzirá amanhã uma ressaca gigantesca que não poderá ser curada com pílulas, nem vomitando. Desculpe-me pela última palavra.
É que para alcólatras com cirrose, desintoxicação só, não resolve.
Economia viciada em crédito, tanto para a produção quanto para o consumo é um barril de pólvora.
Por exemplo: Prédios são construídos financiados pelos bancos. Estes mesmos apartamentos também são comprados através de financiamentos dos mesmos bancos. Com juros altíssimos.
Os trabalhadores que constroem os prédios também usam o mesmo sistema de crédito bancário para adquirirem seus eletrodomésticos, carros, viagens turísticas e até para comprar remédios para a família. Em muitas e suaves prestações que dissolvem os juros altos. Ninguém suporta beber um copo de fel de uma vez. Um pouquinho de cada vez é palatável.
O carro pega no índice de endividamento da população brasileira que disparou em tamanho, enquanto que o índice de poupança que já era baixo diminuiu ainda mais. Brasileiro não guarda, ele gasta. Com o "boom" do progresso, como o americano, o brasileiro não economiza, ele desperdiça.
O próprio Governo Brasileiro não promove nenhuma medida de economia nem trabalha para cortar desperdícios. Considere só os escândalos envolvendo o sistema de cartão de crédito (Cartão Cooperativo) dos poderes públicos!
O próprio Governo para evitar gerar inflação (emissão de dinheiro), para cobrir o seu déficit sobe a taxa Selic e toma dinheiro emprestado no mercado, emitindo títulos que são comprados pelos bancos. O que aumenta ainda mais o défict público.
A taxa Selic é a média de juros que o Governo Brasileiro paga por empréstimos tomados dos bancos. Quando esta taxa cai, os bancos preferem emprestar dinheiro ao consumidor para obter um lucro maior. Como o Governo paga bem, quando esta taxa aumenta os bancos preferem emprestar ao Governo.
Além disto, numa iniciativa digna de democratas americanos o Governo Lula aumentou ainda mais os impostos numa exploração espúria de um páis que tem uma das maiores taxas de impostos entre os países do mundo. Imposto sobre a produção, imposto sobre o dinheiro em circulação, imposto sobre o consumo e sobre tudo o que pode ser taxado. Encargos pesadíssimos que não fomentam o crescimento. Super taxação que faz do Governo Público sócio quase que majoritário de toda a iniciativa privada.
Nos Estados Unidos, com a abundância de crédito, a oferta de emprêstimos com juros mais baixos produziu um exagerado aumento dos preços dos imóveis (Real Estate), além do sustentável. Ou seja, a áurea lei da oferta e procura foi estimulada pelo fator crédito. Muito crédito aumentou a procura, subiram os preços artificialmente supervalorizando imóveis. Fantasia e alucinação de quem pitou.
Com o aumento dos preços dos imóveis no mercado, os "proprietários de imóveis" (de fato não eram proprietários, porque deviam a maior parte do valor do imóvel) aumentaram ainda mais sua dívida sobre o imóvel ao tomarem mais dinheiro emprestado no banco. Para fazerem melhorias, para construirem piscinas no quintal, para passearem, enfim, para qualquer motivo. Fizeram isto usando o "equity" do imóvel.
"Equity" é a diferença positiva entre o preço de mercado do imóvel (da avaliação do momento) e o valor da dívida bancária sobre este mesmo imóvel.
Nos Estados Unidos os títulos destas dívidas de imóveis foram vendidos de banco para banco produzindo lucros para todos os bancos.
Numa corrida especulativa que não demorou muito para chegar ao limite.
O limite foi alcançado sob o vapor produzido pela inadimplência dos compradores, cujos juros de financiamentos aumentaram além de sua capacidade de pagar.
Começaram a estourar os casos de compradores que forjaram documentos durante o processo do pedido de financiamento. Constatou-se tarde que milhões tinham comprados casas com valores além do que podiam pagar. Estourou uma crise que se alastrou por todo o mundo. A pressão da panela foi maior que a resistência do metal. A panela explodiu espalhando estilhaços por toda a terra.
Estes processos de crédito, em parte, são praticamente o que acontece no Brasil hoje.
Um apartamento de 50 m2 no Bairro Casa Verde em São Paulo está sendo vendido por R$ 300.000,00.
É impossível que o valor de mercado deste apartamento se sustente numa crise de crédito!
É irreal que este apartamento seja vendido por este preço, ainda que o mercado atual sustente seu valor por causa da procura grande por apartamentos como resultado direto da oferta de crédito abundante!
O Brasil tem uma das maiores taxas de juros do planeta. E bancos imbutem na taxa de juros a taxa do calote, 35% para 6% de inadimplência, e lucram até no calote e na desgraça dos produtores, trabalhadores e consumidores.
Ou seja, os juros que alguém paga para um banco já tem imbutido uma taxa para cobrir a inadimplência de outros devedores.
A taxa de inadimplência em Junho de 2009 subiu para 5.7%, a maior desde 2000, o que mostra uma tendência de aumento nos últimos meses.
Investidores estrangeiros transitam nestas avenidas. Especulam financeiramente.
Investidores que o Brasil precisa são aqueles que investem para gerar empregos, construindo fábricas, montando negócios e não somente produzindo linhas de créditos alimentadas pelo fluxo de caixa das Bolsas.
A maioria dos investidores financeiros ao primeiro sinal de instabilidade na economia correm para seus computadores, "blackberries", "iphones" e "lap tops" e transferem todo o dinheiro para algum outro paraíso financeiro da Terra.
Investidor seja americano ou de onde quer que seja não olha com carinho para país algum. Ele só faz contas! Que saber só quanto vai ganhar!
E a consciência social entre os investidores ainda é um fiasco. O lucro que custa destruição, miséria e que é gerado pela opressão nas sociedades é apenas isto: lucro. É a brutalidade do capitalismo global. É o que se paga para manter a "liberdade" que o socialismo não oferece.
O Brasil criou um saco sem fundo no Governo Lula com a expansão da máquina pública. O déficit público chegou nas nuvens sem produzir um mínimo do necessário investimento em infraestrutura. "Black outs" denunciam.
E a agricultura, investimento em novas tecnologias, o sistema de saúde e de educação ainda continuam sucateados pela indiferença de um Governo liderado pelos socialistas mais "capitalistas" do mundo. Eles trabalham para o Capital porque se beneficiam dele. Discursam como Guevaras e vivem como Rockfellers.
É assim que o litro de leite está sendo comprado dos produtores por menos de 25 centavos de dólar. Desincentivo total para os que realmente movem o Brasil. É que nos palácios e nos prédios de Brasília seus habitantes não gostam leite, tomam outras bebidas.
Governo Lula: pão e circo, somado a corrupção de Zé, Valério, Palozzi, etc produziu até "fenômenos como o jogador Ronaldinho", o próprio Lulinha que de empregado de zoológico há poucos anos atrás tornou-se um dos maiores empresários da telecomunicação brasileira.
E a sociedade brasileira não se revolta com isto! Não reage!
O próprio Senado passou por três escandalos envolvento três presidentes nos últimos anos, e o último, Sarney, manteve-se na posição com o apoio do próprio Presidente Lula. A sociedade se cala! A tolerância da sociedade à corrupção é do tamanho da ganância dos corruptos. “E a gente vai levando...” Empurrando com a barriga, in facto.
Corrupção não é somente aquela que opera na penumbra, mas também a que se propaga e se sustenta nas estruturas da injustiça. A estratégia funciona mais ou menos assim: para perpetuarem-se no Poder fazem qualquer negócio, aliança com qualquer um, doa a quem doer, a vez é deles e não vamos perder.
Uma crueldade criada no Governo Lula foi a disponibilização de crédito para os aposentados. Eles passaram a ter uma linha de crédito até ao valor integral de suas aposentadorias.
Empréstimo sem nenhum fiador pois o banco desconta diretamente da pensão mensal do devedor. Com juro alto. Bancos fazem uma carnificina.
Aposentados motivados por massivas campanhas de "marketing" chegam até a realizarem seus sonhos de consumo, até ajudam filhos e familiares, porém perdem a dignidade e o sossego quando deixam de receber seu sustento a cada mês, porque comprometeram sua pensão com o pagamento da prestação a algum banco.
Esta é a estrutura maquiavélica fomentada no Brasil. Bolsa família e diversão. Sim, "pão e circo." Copa do Mundo. Olimpíadas. Festas e fantasias. Tudo para alegrar a gente. Porque afinal de contas a gente não é de ferro!
Entenda que o benefício do programa Bolsa Família é positivo, mas é perversa a filosofia paternalista por traz do programa que sustenta uma das maiores popularidades de um Presidente do Brasil nas últimas décadas.
Popularidade alinhada a um dos Governos mais corruptos da História do Brasil e à uma manipulação das massas como ninguém soube fazer até agora.
Comparado ao mesmo sistema iníquo que sustenta as estruturas sociais das favelas. Os moradores não denunciam os traficantes porque se beneficiam com a assistência que recebem deles.
George Orwell em seu livro de 1945 A Revolução dos Bichos não somente descreveu o passado, mas profetizou o futuro deste "socialismo de interesses."
São os porcos que lideraram a revolução para expulsarem os humanos da fazenda e com todos os animais desde cães até galinhas lutaram para tomar o poder.
Após vencerem e tomarem a fazenda, um dia, os humanos voltaram para negociar com os porcos.
E sentaram numa grande mesa, na mesma mesa.
E a gente, olhando pela janela, o rosto de um e a cara de outro, já não conseguimos mais discernir quem é porco e quem é homem.
Ainda bem que a verdadeira história se escreve do lado de fora. E a gente não precisa ficar olhando pela janela. A gente olha para frente. A gente dá as mãos a quem está perto. Presente. E prossegue. Trabalha. Luta. E vence.
É o povo brasileiro inteligente, trabalhador e empreendedor que faz o Brasil crescer e desenvolver.
Viva o Brasil que finalmente acordou e levantou daquele "berço explêndido"!
Josimar Salum
Dezembro 2009
Escrevi com otimismo um artigo sobre o Brasil em 2007 e caso queira lê-lo clique no seguinte link: Não desisti do Brasil
Meu amigo Eduardo Oliveira escreveu um artigo intitulado "Será que a frase, "Brasil, o país do futuro" ficou defasada? Leia o artigo no seguinte link: Será que a frase ‘o Brasil é o país do futuro’ ficou defasada?
Enviei a ele o seguinte comentário:
Não precisa ser corretor para ver que o futuro chegou mesmo para o Brasil. Aliás, é melhor nem ser corretor.
Contudo, é preciso promover uma consideração profunda dedicada ao "boom" de crédito que faz todo mundo no Brasil dançar de euforia.
Já protagonizamos este filme aqui nos Estados Unidos.
É a caipirinha, o aperitivo sorvido muitas vezes durante o dia e à noite que produzirá amanhã uma ressaca gigantesca que não poderá ser curada com pílulas, nem vomitando. Desculpe-me pela última palavra.
É que para alcólatras com cirrose, desintoxicação só, não resolve.
Economia viciada em crédito, tanto para a produção quanto para o consumo é um barril de pólvora.
Por exemplo: Prédios são construídos financiados pelos bancos. Estes mesmos apartamentos também são comprados através de financiamentos dos mesmos bancos. Com juros altíssimos.
Os trabalhadores que constroem os prédios também usam o mesmo sistema de crédito bancário para adquirirem seus eletrodomésticos, carros, viagens turísticas e até para comprar remédios para a família. Em muitas e suaves prestações que dissolvem os juros altos. Ninguém suporta beber um copo de fel de uma vez. Um pouquinho de cada vez é palatável.
O carro pega no índice de endividamento da população brasileira que disparou em tamanho, enquanto que o índice de poupança que já era baixo diminuiu ainda mais. Brasileiro não guarda, ele gasta. Com o "boom" do progresso, como o americano, o brasileiro não economiza, ele desperdiça.
O próprio Governo Brasileiro não promove nenhuma medida de economia nem trabalha para cortar desperdícios. Considere só os escândalos envolvendo o sistema de cartão de crédito (Cartão Cooperativo) dos poderes públicos!
O próprio Governo para evitar gerar inflação (emissão de dinheiro), para cobrir o seu déficit sobe a taxa Selic e toma dinheiro emprestado no mercado, emitindo títulos que são comprados pelos bancos. O que aumenta ainda mais o défict público.
A taxa Selic é a média de juros que o Governo Brasileiro paga por empréstimos tomados dos bancos. Quando esta taxa cai, os bancos preferem emprestar dinheiro ao consumidor para obter um lucro maior. Como o Governo paga bem, quando esta taxa aumenta os bancos preferem emprestar ao Governo.
Além disto, numa iniciativa digna de democratas americanos o Governo Lula aumentou ainda mais os impostos numa exploração espúria de um páis que tem uma das maiores taxas de impostos entre os países do mundo. Imposto sobre a produção, imposto sobre o dinheiro em circulação, imposto sobre o consumo e sobre tudo o que pode ser taxado. Encargos pesadíssimos que não fomentam o crescimento. Super taxação que faz do Governo Público sócio quase que majoritário de toda a iniciativa privada.
Nos Estados Unidos, com a abundância de crédito, a oferta de emprêstimos com juros mais baixos produziu um exagerado aumento dos preços dos imóveis (Real Estate), além do sustentável. Ou seja, a áurea lei da oferta e procura foi estimulada pelo fator crédito. Muito crédito aumentou a procura, subiram os preços artificialmente supervalorizando imóveis. Fantasia e alucinação de quem pitou.
Com o aumento dos preços dos imóveis no mercado, os "proprietários de imóveis" (de fato não eram proprietários, porque deviam a maior parte do valor do imóvel) aumentaram ainda mais sua dívida sobre o imóvel ao tomarem mais dinheiro emprestado no banco. Para fazerem melhorias, para construirem piscinas no quintal, para passearem, enfim, para qualquer motivo. Fizeram isto usando o "equity" do imóvel.
"Equity" é a diferença positiva entre o preço de mercado do imóvel (da avaliação do momento) e o valor da dívida bancária sobre este mesmo imóvel.
Nos Estados Unidos os títulos destas dívidas de imóveis foram vendidos de banco para banco produzindo lucros para todos os bancos.
Numa corrida especulativa que não demorou muito para chegar ao limite.
O limite foi alcançado sob o vapor produzido pela inadimplência dos compradores, cujos juros de financiamentos aumentaram além de sua capacidade de pagar.
Começaram a estourar os casos de compradores que forjaram documentos durante o processo do pedido de financiamento. Constatou-se tarde que milhões tinham comprados casas com valores além do que podiam pagar. Estourou uma crise que se alastrou por todo o mundo. A pressão da panela foi maior que a resistência do metal. A panela explodiu espalhando estilhaços por toda a terra.
Estes processos de crédito, em parte, são praticamente o que acontece no Brasil hoje.
Um apartamento de 50 m2 no Bairro Casa Verde em São Paulo está sendo vendido por R$ 300.000,00.
É impossível que o valor de mercado deste apartamento se sustente numa crise de crédito!
É irreal que este apartamento seja vendido por este preço, ainda que o mercado atual sustente seu valor por causa da procura grande por apartamentos como resultado direto da oferta de crédito abundante!
O Brasil tem uma das maiores taxas de juros do planeta. E bancos imbutem na taxa de juros a taxa do calote, 35% para 6% de inadimplência, e lucram até no calote e na desgraça dos produtores, trabalhadores e consumidores.
Ou seja, os juros que alguém paga para um banco já tem imbutido uma taxa para cobrir a inadimplência de outros devedores.
A taxa de inadimplência em Junho de 2009 subiu para 5.7%, a maior desde 2000, o que mostra uma tendência de aumento nos últimos meses.
Investidores estrangeiros transitam nestas avenidas. Especulam financeiramente.
Investidores que o Brasil precisa são aqueles que investem para gerar empregos, construindo fábricas, montando negócios e não somente produzindo linhas de créditos alimentadas pelo fluxo de caixa das Bolsas.
A maioria dos investidores financeiros ao primeiro sinal de instabilidade na economia correm para seus computadores, "blackberries", "iphones" e "lap tops" e transferem todo o dinheiro para algum outro paraíso financeiro da Terra.
Investidor seja americano ou de onde quer que seja não olha com carinho para país algum. Ele só faz contas! Que saber só quanto vai ganhar!
E a consciência social entre os investidores ainda é um fiasco. O lucro que custa destruição, miséria e que é gerado pela opressão nas sociedades é apenas isto: lucro. É a brutalidade do capitalismo global. É o que se paga para manter a "liberdade" que o socialismo não oferece.
O Brasil criou um saco sem fundo no Governo Lula com a expansão da máquina pública. O déficit público chegou nas nuvens sem produzir um mínimo do necessário investimento em infraestrutura. "Black outs" denunciam.
E a agricultura, investimento em novas tecnologias, o sistema de saúde e de educação ainda continuam sucateados pela indiferença de um Governo liderado pelos socialistas mais "capitalistas" do mundo. Eles trabalham para o Capital porque se beneficiam dele. Discursam como Guevaras e vivem como Rockfellers.
É assim que o litro de leite está sendo comprado dos produtores por menos de 25 centavos de dólar. Desincentivo total para os que realmente movem o Brasil. É que nos palácios e nos prédios de Brasília seus habitantes não gostam leite, tomam outras bebidas.
Governo Lula: pão e circo, somado a corrupção de Zé, Valério, Palozzi, etc produziu até "fenômenos como o jogador Ronaldinho", o próprio Lulinha que de empregado de zoológico há poucos anos atrás tornou-se um dos maiores empresários da telecomunicação brasileira.
E a sociedade brasileira não se revolta com isto! Não reage!
O próprio Senado passou por três escandalos envolvento três presidentes nos últimos anos, e o último, Sarney, manteve-se na posição com o apoio do próprio Presidente Lula. A sociedade se cala! A tolerância da sociedade à corrupção é do tamanho da ganância dos corruptos. “E a gente vai levando...” Empurrando com a barriga, in facto.
Corrupção não é somente aquela que opera na penumbra, mas também a que se propaga e se sustenta nas estruturas da injustiça. A estratégia funciona mais ou menos assim: para perpetuarem-se no Poder fazem qualquer negócio, aliança com qualquer um, doa a quem doer, a vez é deles e não vamos perder.
Uma crueldade criada no Governo Lula foi a disponibilização de crédito para os aposentados. Eles passaram a ter uma linha de crédito até ao valor integral de suas aposentadorias.
Empréstimo sem nenhum fiador pois o banco desconta diretamente da pensão mensal do devedor. Com juro alto. Bancos fazem uma carnificina.
Aposentados motivados por massivas campanhas de "marketing" chegam até a realizarem seus sonhos de consumo, até ajudam filhos e familiares, porém perdem a dignidade e o sossego quando deixam de receber seu sustento a cada mês, porque comprometeram sua pensão com o pagamento da prestação a algum banco.
Esta é a estrutura maquiavélica fomentada no Brasil. Bolsa família e diversão. Sim, "pão e circo." Copa do Mundo. Olimpíadas. Festas e fantasias. Tudo para alegrar a gente. Porque afinal de contas a gente não é de ferro!
Entenda que o benefício do programa Bolsa Família é positivo, mas é perversa a filosofia paternalista por traz do programa que sustenta uma das maiores popularidades de um Presidente do Brasil nas últimas décadas.
Popularidade alinhada a um dos Governos mais corruptos da História do Brasil e à uma manipulação das massas como ninguém soube fazer até agora.
Comparado ao mesmo sistema iníquo que sustenta as estruturas sociais das favelas. Os moradores não denunciam os traficantes porque se beneficiam com a assistência que recebem deles.
George Orwell em seu livro de 1945 A Revolução dos Bichos não somente descreveu o passado, mas profetizou o futuro deste "socialismo de interesses."
São os porcos que lideraram a revolução para expulsarem os humanos da fazenda e com todos os animais desde cães até galinhas lutaram para tomar o poder.
Após vencerem e tomarem a fazenda, um dia, os humanos voltaram para negociar com os porcos.
E sentaram numa grande mesa, na mesma mesa.
E a gente, olhando pela janela, o rosto de um e a cara de outro, já não conseguimos mais discernir quem é porco e quem é homem.
Ainda bem que a verdadeira história se escreve do lado de fora. E a gente não precisa ficar olhando pela janela. A gente olha para frente. A gente dá as mãos a quem está perto. Presente. E prossegue. Trabalha. Luta. E vence.
É o povo brasileiro inteligente, trabalhador e empreendedor que faz o Brasil crescer e desenvolver.
Viva o Brasil que finalmente acordou e levantou daquele "berço explêndido"!
Josimar Salum
Dezembro 2009
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