quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Conheça os Pastores Por Trás da Nova Política Externa Pró-Israel Brasileira


Conheça os Pastores Por Trás da Nova Política Externa Pró-Israel Brasileira

Assim como seus primos americanos, os evangélicos do Brasil se tornaram uma força política a serem levados em conta. 

O Brasil costumava ser conhecido como um país anti-Israel. Dominado durante anos pelo Partido dos Trabalhadores (PT) esquerdista, sua sociedade de elite foi moldada em grande parte por intelectuais anti-Israel, acadêmicos e ativistas políticos dos países árabes.

Mas nos bastidores, uma revolução de base estava ocorrendo. Massas de pessoas começaram a se reunir nas igrejas evangélicas e pentecostais do país. Lá, eles ouviram uma mensagem diferente sobre Israel que se apresentava bem diferente  da história contada na imprensa e no sistema educacional esquerdistas.

E a nova mensagem ressoou. Os evangélicos no Brasil cresceram de 6,6% em 1980 para 22,2% em 2010, segundo o censo de 2010. Hoje, os evangélicos constituem uma estimativa de 27% da população do Brasil. Em comparação, os evangélicos americanos compõem cerca de 25% dos grupos religiosos nos Estados Unidos, de acordo com o Pew Research Center.

Como seus primos americanos, os evangélicos do Brasil se tornaram uma força política a serem levados em conta. A bancada cristã no congresso do Brasil está entre as maiores, com quase 200 membros. E o esmagador apoio evangélico a Jair Bolsonaro é amplamente creditado por sua vitória presidencial em outubro passado.

Embora muitas vezes desacreditado na mídia, Bolsonaro recebeu apoio leal dos evangélicos muito mais depois que ele prometeu transferir a embaixada do Brasil para Jerusalém.

Um desses apoiadores, o Dr. Josimar Salum, reuniu-se com Bolsonaro uma vez nos Estados Unidos, Nova Inglaterra, e manteve contato direto com seus assessores e interlocutores. Ele trabalhou em sua campanha, especialmente no segundo turno das eleições, e fez parte de um grupo de pastores que exortou Bolsonaro a não desistir de Jerusalém.

“Tivemos uma reunião com Jair Bolsonaro em outubro de 2017 na Nova Inglaterra, que incluiu cerca de 70 pastores brasileiros”, disse Salum. “No mesmo período em que o presidente [Donald] Trump estava falando sobre a mudança da embaixada americana para Jerusalém, pudemos argumentar que o Brasil precisava mudar sua política externa em relação a Israel e transferir sua embaixada para Jerusalém também.”

Solicitado a explicar seus objetivos, Salum disse: “O sionismo cristão brasileiro é um movimento para abençoar Israel não apenas com palavras, mas com ações concretas. Não adianta simplesmente levar a bandeira de Israel, cantar canções e falar boas palavras sobre Israel. Os sionistas cristãos devem se engajar na defesa diária de Israel, ser defensores da nação de Israel em suas esferas de influência e se posicionar contra o anti-semitismo em torno deles.”

Salum tem estado na vanguarda da criação de laços com influentes grupos pró-Israel, como o Comitê para a Reportagem Imparcial no Oriente Médio da América (CAMERA), uma das mais antigas organizações educacionais pró-Israel nos Estados Unidos.

“A CAMERA fornece a educação que precisamos para entender as questões em relação a Israel, e a constante necessidade de estarmos vigilantes em relação ao anti-semitismo que os judeus enfrentam todos os dias”, disse Salum.

No último final de semana, Salum liderou uma conferência em colaboração com a CAMERA intitulada “Uma Noite para Abençoar Israel”, que foi sediada pelo pastor brasileiro pró-Israel Elias Monteiro da International Community Church em Framingham, Massachusetts.

O evento, com grande participação, reuniu várias organizações: BMNET (sigla em inglês) - a Rede de Ministros do Brasil, a União Fraternal de Pastores (as) e Líderes e a Associação de Pastores Evangélicos dos EUA.

O orador principal foi o influente pastor evangélico Dr. Robert Stearns, que dirige o Eagles 'Wings, uma rede global de evangélicos pró-Israel. Também contou com a participação de Albert Veksler, de Israel, ligado ao Knesset (Parlamento) israelense e diretor do movimento Jerusalém Prayer Breakfast - Café da Manhã de Oração por Jerusalém.

Segundo a Dra. Tricia Miller, da CAMERA, a “Noite para Abençoar Israel” foi um evento histórico e inédito que sinaliza os novos laços entre os evangélicos americanos e brasileiros.

“Foi a primeira vez que a comunidade cristã brasileira nos EUA sediou esse evento, que foi criado para educar e mobilizar os cristãos brasileiros para um apoio efetivo e informado de Israel”, disse Miller. “Planos já estão em andamento para seminários educacionais a serem realizados em igrejas brasileiras, seguidos pela segunda “Noite Para Abençoar Israel” anual, a ser realizado no outono de 2019.”

Como o movimento sionista evangélico é relativamente jovem no Brasil, os organizadores do evento acreditam que mais conferências educacionais são extremamente necessárias.

"É necessário que os evangélicos brasileiros aprendam sobre Israel para que suas ações pró-Israel sejam conscientes e não apenas sentimentais", disse Salum. “Portanto, a 'Noite para Abençoar Israel' foi estabelecida como um movimento baseado nesses quatro pilares: ensino, celebração, oração e ação.”

"Planejamos incentivar o movimento com tudo o que temos", disse Miller. “Aos meus olhos, o Dr. Josimar Salum e os outros pastores líderes são heróis genuínos. São homens corajosos e íntegros como o pastor português John Amaral, e pastores brasileiros como Elias Monteiro, Marcos Aurélio Nogueira, Leidimar Lopes, Roberto Paiva e Flávio Souza e muitos outros  que estão fazendo novas mudanças positivas não só no Brasil, mas em todo o mundo.” Participaram também da Noite para Abençoar Israel o cantor português Joe Fonte e a Banda Live2Love.

"Esses pastores brasileiros representam um contrapeso crucial à propaganda anti-Israel que se manifesta em alguns setores da mídia e do mundo acadêmico do Brasil, onde o BDS ganhou força", disse Dexter Van Zile, analista da CAMERA. “Grupos como o CAMERA oferecem décadas de pesquisa e conhecimento profissional que podem ajudar os pastores a retaliar contra as campanhas de desinformação contra Israel que florescem em seu país. Esses pastores e suas congregações têm muito orgulho do apoio inicial do Brasil à criação de Israel. Eles só precisam de informação.”

Com laços sendo criados entre evangélicos nos Estados Unidos e com a ajuda de organizações educacionais como a CAMERA, os pastores brasileiros não estão mostrando sinais de recuar. Mudar o maior país da América do Sul em uma direção pró-Israel é seu objetivo inabalável.

Fonte: https://www.jns.org/?p=34832

29 de novembro de 2018 / JNS-Jewish News Service
- Tradução: Filipe S.S.Gouvea

Nenhum comentário:

Postar um comentário